Daqui, neste jardim tão ínfimo quanto eu, olho o céu azul e me vejo desproporcionalmente pequena. Isso, porque se a minha mente tem capacidade para imaginar esse Universo, não será que por isso mesmo ela é tão grande quanto ele? O que há em mim que me liga a tudo, que me leva a imaginar o que não me foi ensinado e a compreender a minha responsabilidade com esse mesmo Todo? Se sou existo e se existo tenho de ter um objetivo muito maior do que a minha compreensão emocional ou racional. Sinto que sou parte de um Grande Plano e que a minha vida tem sentido, mesmo que eu morra sem entender a sua dimensão.

  No absurdo do nada encontro este meu ser que se recusa a esta exígua extensão, mas que assim mesmo tem tanta capacidade e perfeição. Todo o mecanismo deste organismo, toda a ânsia desta mente, toda a vontade desta fibra que me ligam a um Todo tão absoluto como relativo, me levam a acreditar que sou um microcosmo à imagem do macrocosmo, portanto tão completa quanto ele. Deixo de ser tímida. Dou início a uma formidável procura, enquanto coloco as asas de uma certeza apenas minha e que só eu entendo a sua raiz e as suas estrelas. Aprendi que o importante não é saber todos os segredos. Apenas alguns. Aqueles que me tornam um ser humano digno do que sou.

  Em mim há todo o tipo de astros, galáxias, universos paralelos e simples estrelas cadentes nos destroços do meteoro que me encandeou no caminho do meu sol. Quero usar esse universo pessoal para encontrar a resposta à pergunta universal: quem sou? Para que existo? Qual a finalidade de tudo isto?

  Revejo a História que me foi ensinada, dramaticamente prisioneira de um cubo sem quaisquer possibilidades. Todavia, o sonho desejoso de Verdade, me encaminha a outra – a proibida. Fundações modificadas pelos opressores, os quais escondem realidades que substituem por uma capacidade humana pecadora e condenável para que nunca saibamos quem somos e assim, no meu caso, me humilhe a deuses e homens que caminham entre exércitos genocidas a bem de uma hipócrita paz em que não acreditam, não querem e nem procuram. A matéria deixou de transitar entre o espírito, tornando-se cada vez mais densa e perdida em subterrâneos cheios de minotauros e sem propósito. Se a própria galáxia tem um caminho definido como poderei eu apenas existir para me perder no labirinto em que a vida não vai além do absurdo?

  Vivificando inquietudes, termino por lembrar discussões imensas, intermináveis, inflamadas, de tanta gente preocupada com a existência de deuses. Alguns perguntavam, “Jamais algo te provou que deus existe?” Tanto tempo perdido, com insignificâncias… Que importa se deuses existem? Quando pareço estar perto da essência divina apenas sinto. É inexplicável, inqualificável e sem definição. E se não existisse? Seria o meu objetivo diferente? Seria a minha atitude menos medrosa, menos respeituosa e por isso menos responsável? Seria eu mais ou menos verdadeira? O importante não é saber se deuses existem, mas a minha atitude perante mim mesma, os outros e o infinito, o qual é tão parte de mim como eu sou parte dele. Jamais poderei colocá-lo na caixa das coisas perdidas, sem importância ou intocáveis. É a esse infinito que a minha mente ergue um altar que enfeita um longo corredor cheio de portas e sem muros. É percorrendo esse caminho que trilhões de probabilidades afloram, tornando-me capaz de ir além do intelecto. Estou armada de prenúncios, sentidos e percepções capazes de transformar-se em horizontes jamais imaginados. Na procura do esquecido ou na luta para desvendar o segredo que durante tanto tempo esteve guardado por milhares de dagrões, me entrego ao sonho qual guia que me ajuda na procura do que sou e do que posso vir a ser. Esvazio a mente e nado nesse universo atravessado por dimensões que me levam além de mim mesma e além de tudo por Tudo ser.

 
 
 
 
 

Encontrei-Te

No dia em que mergulhei nos espaços do Agora.

Na tarde onde palmilhei caminhos proibidos.

Na noite em que atravessei fronteiras em pedaços.

Encontrei-Te

Num processo em que suspendi a entropia

Alterando a psique, a física e a química – fiz magia.

Consegui reverter o caos e o medo.

Encontrei-Te

Ao romper tão guardado segredo.

Desobstruí o humano enredo

E do carvão retraí o mais puro cristal.

Encontrei-Te

Nesse tempo sem distâncias nem ânsia

Na linha multidimensional.

No templo sem amanhã ou lembrança.

Encontrei-Te

Sem o marco do começo ou de um fim.

Na liberdade tão desconhecida que jazia em mim.

No reverso de tudo o que tive, tenho e idealizei.

Encontrei-Te

Na relação com a minhoca,

Na convivência a quem antes fechei a porta.

Na beleza do delírio e na busca genuína.

Encontrei-Te

Quando aprendi a dizer não

E atravessei frontispícios de outras realidades

Sem circunstâncias, conceitos ou temporalidades.

Encontrei-Te

Quando escapei da mesmice e me despi de limites.

Quando queimei a malícia do julgamento

E parei de teimosamente sustentar o que nem sabia.

Encontrei-Me

Quando o destino do livro da vida ficou branco,

Quando me olhei e sequei a pena e o pranto

Fiquei vazia do certo – e de desconhecidos ritmos cheia

Encontrei-Me

Quando tudo reverti.

Superei crer, querer, pontes rasas e sem rio.

Era a hora sublime de na vela…

nessa vela só e tão minha – colocar o pavio.

 

A passagem pela Terra da D. Maria foi uma verdadeira obra de arte. Sempre foi coerente com a crença de que a vida tem de ser bem vivida e bem preenchida, por isso viveu como se estivesse criando uma pintura. Cada momento era mais uma pincelada na tela do dia a dia tão cheio de mistério, fazendo com que mês após mês a existência se tornasse menos misteriosa e sua vida cada vez mais rica. Não tinha medo de usar as cores mais escuras, eram elas que a ajudavam a criar o contraste com as mais claras e brilhantes.

 Vivia tentando descobrir a Verdade ou finalidade do caleidoscópio da vida em miríades de coisas aparentemente banais, por isso não pintava com medo se os outros gostavam ou aceitavam, apenas o fazia pelo prazer de pintar. Tinha como dever, o que a si mesma impôs, desenterrar desse emaranhado de cores, sombras e formas, o caminho da descoberta que a levou a reconhecer todo o seu potencial. Os princípios dessa pintura eram a essência e vitalidade da própria arte, o que ela ia orientando no sentido de enriquecer aqueles a quem chamava a “sua espécie”.

 Para D. Maria, o ponto mais importante para a realização dessa pintura era ter coragem para não se deter num só ponto, mas produzir combinações de luz e sombra que aplicadas às florestas de beleza e aos mares da criatividade, irradiavam amor nas nuvens da sabedoria, enquanto superava decepções e obstáculos. Por vezes pintava com ímpeto passagens inspiradoras para que estas se expandissem aos princípios de todos os pintores deste mundo. Usando pincéis pequenos e grandes nas curvas que contornavam a sua obra, transmitia um significado tão real como irreal, na dimensão do amor que dava forma, nobreza e virtude à sua criação.

Calmamente ativa acentuava os relevos para que pelo toque até os cegos conseguissem adivinhar e se identificar com a grandiosidade do belo e do verdadeiro, ou seja, tudo o que para ela não era vulgar. Concentrava-se profundamente na colcheia do modelo que usava como pauta, tentando encantar almas que iam do mundo das fadas da sua infância até o dos anjos da sua imaginação. Manifestava alegria na dimensão da tristeza para não perder a esperança. Manifestava tristeza na dimensão da alegria para que o pensar não deixasse de ser realista e inteligente. Ascendia a planos superiores em tonalidades de cores desconhecidas, para que nas sagradas criptas, fosse capaz de consumir os resíduos da ignorância, transformando-os em faíscas de fogos siderais. Elevava o pincel acima dos pilares dos templos para que na sua ânsia de aprender viesse a encontrar a catedral da Verdade, onde ela acreditava ser o lugar onde o infinito se manifestava no finito,  e assim descobrir a sua própria infinidade.

 A natureza da sua intuição era a primordial forma do efeito arrebatador da certeza e da sabedoria, onde se identificava com a verdadeira natureza do mundo das estrelas. No movimento de espátulas, esponjas, pincéis e cores dava profundidade à sua obra. Ela sempre conseguia ir além do modelo aparente, até o ponto onde várias dimensões se cruzavam e de onde raios de luzes invisíveis e desconhecidos livremente permeavam e embelezavam a essência da sua criação.

 Em pinceladas que desciam ao canto mais ínfimo e aparentemente insignificante dessa obra, capaz de até ficar esquecido debaixo da moldura, ela elevava os pingos de tinta que se tinham solto dos pincéis, quais escravos sem beleza ou vontade, colocando-os acima dos templos, enquanto os impregnava com o que tinha de melhor. D. Maria jamais justificou as cores desconhecidas que criou nem tampouco aquelas que nunca usou por considerar destrutivas.

 A velha senhora implementava, nas cores e sombras de pinceladas plenas de segurança, a consciência do exercício da vontade em todas as tonalidades do verde que só a esperança podia suportar. Saturava de azuis os mantos de deusas, as quais, como ela dizia: “outrora tão poderosas e depois tão esquecidas”, enquanto refletia o eco das suas fontes e de suas histórias que ansiavam por harmonia, tanto nas montanhas dos seres humanos como nos olimpos dos deuses. Nunca usava pastéis, mas cores verdadeiras e quando pintava o Universo sempre pensava nas células, fótons e átomos do seu próprio corpo, apercebendo-se da similaridade para poder retratá-lo. Espalhava também galáxias de silêncio e entendimento profundos. Era no inferno e no purgatório que o pincel empurrava os adormecidos, enquanto pintava uma escada feita de primaveras grávidas de abstratos, saciando-se de deliciosas intimidades cósmicas ou divinas.

D. Maria, quando já de corpo velho e puído, deixou de ter força para segurar tintas e pincéis, inebriou esse quadro com a sinfonia da sua própria excelência. Ela costumava dizer que todo o pintor faz muitos quadros, mas que cada Agora só lhe dá um para se dedicar. O importante não é pensar naqueles que já foram arquivados, nem nos que ainda não têm tela. O que realmente importa é aquele sentimento de satisfação no momento em que o pintor assina o seu nome e dá a obra por concluída. Chegando a hora de fechar os reposteiros, o pintor lava os pincéis nas águas dos apegos, pendura o quadro no gancho dos desapegos, grava as experiências nos picos mais altos da sabedoria e descansa para que em outro tempo e em outra paisagem possa continuar a pintar.

 Finalmente, D. Maria esboçou a sua obra de arte em objetivos de alegria e paz, não se importando com o que os outros dissessem, ou se jamais essa obra viesse a ter um lugar de destaque num museu. O importante foi que ao pintar, no ponto mais íntimo do seu ser – aquele que não mente nem tenta agradar à etiqueta ou ao público, aquele que só muito poucos poderiam ver por ser a sua própria essência – ela passou para outra dimensão feliz e realizada.

 
 


A Pedras Guia da Geórgia – (Georgia Guidestones)

Uma das grandes doenças mundiais é a ânsia por sensacionalismo, o que confunde a razão e instiga o atual fenômeno chamado fake news. Em contrapartida, também encontramos movimentos retrógados, os quais parecem estar encarregados de obscurecer a verdade, mesmo que esta se mostre nua por todo o lado onde possamos olhar. As Guidestones da Georgia enquadram-se perfeitamente dentro desses dois contextos. Por outro lado, também podemos encontrar muitos que honestamente procuram respostas aos mistérios que se apresentam, por muito enigmáticos que pareçam ser. Não há sombra de dúvida que as portas do conhecimento franqueiam a entrada a todos os que deixarem para trás conceitos obsoletos assim como o fundamentalismo inculcado pelos que, com consciência ou não, defendem princípios sem sentido, estimulando a ignorância e perpetuando o obscurantismo medieval, enquanto combatem novas ideias. Dessa forma, a milenária manipulação da psique humana continua em grande estilo.

  Um dos grandes mistérios dos séculos XX e XXI são as Georgia Guidestones, monumento também conhecido por Monólito da Geórgia ou Prisma de Significado. O monumento fica situado no morro mais alto do município de Elbert, estado da Geórgia, Estados Unidos. Essas pedras aparentam ser um manual que tem por fim guiar a Humanidade em um futuro próximo, na chamada Idade da Razão. Alguns se referem ao que está gravado nessas pedras como sendo os dez mandamentos da Nova Ordem Mundial, o que tem criado muita polêmica. Outros dizem que é a mensagem do anticristo. Que interpretação será a correta?

Desde o início da construção das Georgia Guidestones que esse monólito está envolto em mistério. Em junho de 1979, um cavalheiro muito bem vestido e bem falante visitou o escritório de uma companhia de granito, Elberton Granite Finishing Company, dizendo que queria erguer um monumento com o objetivo de transmitir uma mensagem à Humanidade. Apresentou-se como sendo R. C. Christian, o que logo se descobriu não ser seu nome verdadeiro, pois na própria pedra que fica na horizontal – deitada no chão, ficou gravado ser um pseudônimo. Christian também anunciou representar um grupo de americanos que “procuram” a Idade da Razão, também gravado na mesma pedra. Até hoje não se sabe quem esse homem era ou quem representava. Essa estrutura, também chamada Stonehenge Americana, foi concluída em março de 1980. O terreno onde está erguido pertence ao condado de Elbert, ou seja, do governo, depois de ter sido comprado a fazendeiros no dia 1 de outubro de 1979.

   O monumento é feito de granito lindíssimo. Foi construído de forma a resistir ao tempo, como se a mensagem que transmite não fosse dirigida ao mundo atual, mas ao futuro. Consiste de quatro blocos principais, nos quais estão gravadas dez regras de conduta em várias línguas: inglês, espanhol, suaile (idioma da costa africana de Zanzibar) hindi, hebreu, árabe, mandarim e russo. Sua mensagem é filosófica, política, astronômica, social e ambiental. No entorno da pedra que fica no topo da estrutura estão escritos os nomes de quatro línguas chamadas ‘línguas mortas’. Uma em cada lado: grego clássico; sânscrito; a “língua do ki”, ou seja, o aramaico falado na Babilônia e hieróglifos egípcios.

A pedra central tem três pontos essenciais, os quais são relativos à astronomia: 1. Um buraco perfurado através da pedra indica o polo celeste, ou seja, o ponto que parece estar fixo no céu, enquanto outros pontos aparentam girar em volta. 2. Uma ranhura na horizontal indica o movimento anual do sol. 3. O raio de sol através da pedra que cobre o monumento marca o meio dia ao longo do ano. O monumento está alinhado com a posição do sol nascente e dos solstícios. Isto nos lembra as pirâmides e observatórios, tanto do oriente como da América Central, sempre posicionados em relação aos fenômenos astronômicos.

A poucos metros do monólito e na horizontal ao nível do chão, encontra-se uma placa de granito com explicações sobre a estrutura, as línguas, aspectos astronômicos, data de instalação e sobre os patronos do projeto. O interessante é esta placa estar escrita de forma inconsistente, no que diz respeito à pontuação, tendo um erro ortográfico na palavra pseudônimo.

As inscrições também indicam que enterrada sob a mesma pedra se encontra uma cápsula do tempo. Imediatamente a seguir à data em que o monumento foi inaugurado, 22 de março de 1980, encontra-se gravado um quadrado e por baixo as palavras:  Que estas pedras guias durem até a Idade da Razão. Do lado esquerdo da pedra está escrito:

Autor: R.C. Christian

(um pseudônimo) (com erro ortográfico)

Responsáveis: um pequeno grupo de americanos que procuram a Idade da Razão.

Cápsula do Tempo: colocada a seis pés (dois metros) abaixo deste ponto. A ser aberta em – sem data.

Muitas outras cápsulas do tempo espalhadas pelo mundo, também estão enterradas dentro de cofres de aço inoxidável e também sem data fixa para serem abertas. Entre as mais conhecidas temos Helium Centennial Time Columns em Amarillo, Texas, e outras em New Jersey, Michigan e Noruega.

O importante destas pedras são as dez frases guia gravadas no monólito e escritas em oito línguas vivas são:

1. Manter a humanidade abaixo de 500.000.000 em um balanço constante com a natureza.

2. Controlar a reprodução de maneira sábia – aperfeiçoando as condições físicas e a diversidade.

3. Unir a humanidade com um novo idioma vigente.

4. Controlar a paixão – fé – tradição – e todas as coisas com razão moderada.

5. Proteger povos e nações com leis e cortes justas.

6. Permitir que todas as nações se regulem internamente, resolvendo disputas externas em uma corte mundial.

7. Evitar leis insignificantes e governantes desnecessários.

8. Balancear direitos pessoais com deveres sociais.

9. Valorizar a verdade – a beleza – o amor – procurando a harmonia com o infinito.

10. Não ser um câncer na terra – Deixar espaço para a natureza – Deixar espaço para a natureza.

Estes mandamentos estão divididos em quatro temas:

1. Bases de uma constituição mundial.

2. Apelo ao controle da população.

3. Consciência ambiental na relação com a natureza.

4. Espiritualidade.

Sintetizando tudo o que foi escrito e comentado da parte dos que veem nas Guidestones uma ameaça, ou de religiosos que sentem as fundações de suas doutrinas serem destruídas:

– As Guidestones são parte da agenda da Elite Maçônica/Illuminati.

– Exterminação de 80% a 90% da População Mundial.

– Instauração de uma seleção artificial de seres humanos através da Eugenia.

– Imposição de uma língua global.

– Governo impedindo a liberdade de pensamento a toda a população.

– Proteção ao indivíduo, mesmo contra sua própria vontade. Ou seja, negação do direito ao livre arbítrio.

– Qualquer país ou região teria de resolver suas disputas segundo um poder global.

– Políticos e leis não seriam escolhidos através de eleições.

– Deveres sociais serem condição para obter direitos pessoais.

– Eliminação de todas as religiões.

– A vida humana passa a ser supérflua usando o ambiente como pretexto.

      Depois de ter relido vezes sem conta a mensagem das Guidestones, me pergunto onde foram encontrar entrelinhas que levem a tais interpretações.

     Quanto ao arquiteto desse monumento, R. C. Christian, este nome lembra o fundador da Ordem Rosacruz, Christian Rosenkreuz, que em inglês seria Christian RoseCross, mais conhecido como R. C. Christian, com data de nascimento incerta, mas que muitos creem ter vivido entre os séculos XVI e XVII. As lendas que rodeiam R. C. Christian são, no mínimo fantásticas. Alguns ocultistas, como Rudolf Steiner e Guy Ballard, afirmavam que no século XVIII, R. C. Christian teria reaparecido na lendária figura do alquimista Conde de St. Germain. Outros creem que Rosenkreuz é um pseudônimo do famoso Francis Bacon, visconde de Saint Alban, considerado como sendo o fundador da ciência moderna.

Idade da Razão

Georgia Guidestones é claramente um monumento erigido em reconhecimento à filosofia de Thomas Paine, falecido em 1809, a qual este adotou e pela qual lutou toda a sua vida. Thomas Paine, um dos pais fundadores dos Estados Unidos, muito influenciou a Revolução Francesa com o livro Os Direitos do Homem, um guia das ideias Iluministas. A Idade da Razão (The Age of Reason) publicado em três volumes, 1792–94, é um livro que advoga o deismo e promove a teologia natural e um Deus criador. Para Paine a religião institucionalizada, como o judaísmo, cristianismo e islã, a qual promove  o coletivismo e criacionismo em lugar do pensamento livre que ele tanto defendia e que, a seu ver, seriam a razão pela qual a Humanidade não poderia progredir. Como muitos antes e depois dele, incluindo os Iluministas, Paine atacava a corrupção da Igreja, como, anteriormente e de outra forma, Marinho Lutero o tinha feito. Também e acima de tudo defendia a razão em lugar da revelação, o que rejeita os milagres bíblicos. Por essas ideias Thomas Paine foi ridicularizado por políticos e religiosos, tanto nos Estados Unidos como em Inglaterra, mas o livro não deixou de ser um bestseller. No livro A Idade da Razão, Thomas Paine afirma: “O mundo é o meu país, toda a Humanidade são meus irmãos e fazer o bem é a minha religião”. Outra de suas frases célebres: “O melhor governo é o que governa menos”. Referindo-se à necessidade que sentiu em escrever esse livro, Paine afirma: “…se tornou excessivamente necessária uma obra desta natureza, a fim de que, nas ruínas gerais da superstição, dos falsos sistemas de governo e da falsa teologia, não percamos de vista a moralidade, a humanidade e a teologia que é verdadeira”. Thomas Paine lutou até à morte contra a ignorância, sendo uma das suas frases inspiradoras para tanta coragem, “The harder the conflict, the more glorious the triumph.” (Quanto mais difícil a luta mais glorioso o triunfo – frase sem verbos.)

Iluminismo e Illuminati

Não cabe neste artigo desenvolver a diferença entre Iluminismo e Illuminati. Porém, algo tem de ser dito, pois muitos pensam que ambas linhas de pensamento se entrelaçam e defendem os mesmos interesses, o que não é verdade. Entre essas duas correntes há uma imensa e vasta diferença, podemos mesmo dizer que são opostas. Para que se entenda a profundidade do que está escrito no monumento a que chamamos Georgia Guidestones, uma pequena explicação tem de ser feita. O grupo Illuminati da Baviera que deu origem a grupos como o escandaloso grupo do qual a maior parte dos membros são da arena política, Bohemian Grove, também serve os objetivos de outros grupos. A ala mais poderosa, inclui as famílias Rothschild, Rockefeller, Morgan, Carnegie, Vanderlip, Aldrich, grandes banqueiros, famílias reais europeias etc. É este grupo que atualmente se encontra em fase avançada no estabelecimento das fundações para que a Nova Ordem Mundial venha a ser uma realidade no próximo futuro. Esses são os chamados Illuminati.

    Por outro lado, Iluministas, ou seja, partidários das ideias herdadas pelo Iluminismo, Era ou Idade da Razão, é um movimento intelectual e cultural que procurou e atualmente procura mobilizar o poder da razão, reformando conceitos e filosofias inadequados ao nosso tempo, assim como a propagação de novas ideias fundadas em conhecimentos científicos. Quem mais condena o Iluminismo são movimentos religiosos, enquanto infiltram o veneno da calúnia nas sociedades, identificando-os aos Illuminati. Isto por que o Iluminismo expõe dogmas religiosos, sejam eles quais forem, demonstrando a crua realidade, pois esses dogmas e crenças nunca trouxeram paz e bem estar às populações, antes pelo contrário. Muitas guerras têm sido aceitas como santas, mas que na realidade apenas defendem doutrinas e deuses representados por homens cheios de ganância. Esses mesmos homens que deveriam propagar respeito e dignidade, humilham aqueles que os apoiam sem qualquer sombra de compaixão ou piedade, manipulando a psique e a vida de seus fiéis – além da bolsa. O resultado é que a ignorância humana está chegando ao clímax, assim como a fome e a miséria. Continentes inteiros sofrem a maior indigência, como a Índia e a África, para não falar de uma grande parte da América Latina e outros lugares do planeta, como guetos, favelas, condições inumanas nas prisões, e mesmo em hospitais e manicômios, enquanto as igrejas enriquecem cada vez mais, sendo muitas delas autenticas corporações multinacionais, cujo preceito gira em torno da acumulação de capital em detrimento da qualidade da vida humana. A ganância e a maldade produtos da corrupção, estão encaminhando a Humanidade a um ponto sem retorno, uma zona limítrofe, que indubitavelmente a levará a extinção. O planeta continuará girando e gerando outras formas de vida, mas a Humanidade atual pode estar prestes a desaparecer a menos que haja uma grande mudança na maneira de pensar e sentir, para que uma nova consciência renasça das cinzas do pesadelo em que a Humanidade vive. A esperança é saber que forças desconhecidas, sejam elas humanas, cósmicas ou multidimensionais, nos ajudarão a elevar a vibração para que uma nova consciência surja. Em contrapartida, os chamados Illuminati pretendem uma mudança através da força, em um mundo não democrático e sem identidade individual, como uma condenação à mesmice e ao atraso, pois só assim poderão sobreviver. O Iluminismo propõe uma nova corrente de pensamento, amante da natureza e dos princípios humanos, o que indubitavelmente levará a Humanidade a outro nível de percepção, intuição e conhecimento, portanto um novo mundo.

Ameaça ou Reforma?

Yoko Ono, viúva de John Lennon, e muitos outros têm sido criticados por publicamente aplaudir esse monumento e tudo o que ele significa. O antagonismo é fervente. Muitos consideram as inscrições como sendo os dez mandamentos do anticristo ou da Nova Ordem Mundial. A maioria dos que se manifestam contra as Pedras Guia, temem que a NOM esteja prestes a exterminar a Humanidade, de forma a que apenas sobrevivam 500 milhões. O maior antagonismo vem de fontes religiosas, cujas teorias inspiram pânico, acabando por se desvanecer na opinião pública que, sem saber os reais fatos, ecoa o ódio e o medo daqueles que os manipulam.

Desde o início da História conhecida que apenas deuses e profetas tinham direito a prever o futuro, ao que se chamava Revelação divina. Sabemos agora que muitos desses profetas eram pessoas que tinham conhecimentos astronômicos, matemáticos e de física, além de metafísica. Quem os teria ensinado? Será que os criadores das Guidestones da Georgia são os mensageiros daqueles que no passado construíram monumentos como Baalbek, Tiwanaku ou Keops – os que “vieram do céu”, como indica a própria bíblia e, sobretudo, os Tabletes da Suméria?

     Hoje, através da ciência, tal como os antigos iniciados em ciências então ocultas ao homem comum, conseguimos prever ciclones, eclipses da lua e sol, até o início de uma nova Era Glacial, correntes marítimas como El Niño, etc. Todavia, além de tudo isso, através de telescópios e sondas mandadas para o espaço, a NASA já consegue prever muitos fenômenos e suas repercussões, porém, ainda de uma maneira muito limitada. Apesar disso, a NASA descobriu que o sistema solar está entrando numa zona de intensa energia a qual chamam cinturão de fótons. Parece que esse fenômeno pode afetar toda a inteligência orgânica do sistema solar. Se por um lado pode ser benéfica por outro essa ressonância e magnetismo poderão esmagar os que não vibrarem na mesma nota ou frequência e algo mais que ainda não conhecemos.

Cinturão de Fótons e os Maias

 O sistema solar faz parte de outro sistema chamado Plêiades ou Objeto Messier 45, o qual é um grupo de estrelas na constelação do Touro. As Plêiades, também chamadas de aglomerado estelar, eram conhecidas por todas as culturas. Os Persas as chamavam  Parveen/parvin e Sorayya, os Mayas  de Tzab-ek e os Astecas de Tianquiztli. Os japoneses de Subaru, logo dos carros com o mesmo nome. O sol é a oitava estrela da espiral que tem por centro a estrela Alcione nas Plêiades. A terceira estrela da espiral de energia de Alcione chama-se Maia e foram os Maias que entre os seus 17 calendários nos falaram do “Fim dos tempos”, o que na realidade significa o fim da atual noção que temos de tempo. O sistema solar já está a entrar nessa energia ou Cinturão de Fótons, e por isso mesmo o tempo nos parece tão diferente. Na Idade Média parecia muito longo e hoje nos parece tão curto. A realidade é que o tempo não será mais como o temos compreendido, assim como o espaço e a própria matéria. A  ciência, nos informa que “o tempo flutua segundo os abismos galácticos por onde o sistema solar se desloca”. Temos sempre de ter em mente que  nada é estático e tudo tem a sua própria duração ou tempo…

A realidade é uma coisa e a interpretação que temos dela é outra, a qual depende do nível de consciência, tanto individual como coletiva. Essa promessa de mudança de consciência tem muito a ver com o movimento cósmico da Terra e é a razão pela qual os profetas do passado se referiram a “Um novo céu, uma nova Terra”.  Todos esses Iluminados explicitamente deixaram noções da continuidade da vida depois dos tempos onde as mudanças seriam drásticas.

    Algo inusitado parece estar prestes a acontecer devido ao ódio entre nações fomentado pelo desejo de poder dos dirigentes mundiais. Contudo, paralelamente, novos fenômenos naturais estão tomando forma. Todos já podemos sentir os primeiros passos que levam a uma grande mudança, nem que seja através de um incompreensível, profundo e indecifrável desejo de mudança a nível cósmico.

Vejamos: o sistema solar está dando início à travessia que nos leva a uma região da Via Láctea onde a energia é diferente e muito mais intensa do que aquela que conhecemos. Essa travessia está dividida em ciclos, aos quais os Maias denominavam k’atun. Cada ciclo tem a sua própria série de profecias, todas elas representando a interligação da Terra e do cosmos. Os Sumérios tinham o número 195,955,200,000,000 chamado Nineveh constante, representando segundos. Maurice Chartelain nos diz que esse número corresponde a 6.2 milhões de anos. Dez ciclos desses são 62 milhões, o que os modelos dos cientistas William Tifft da University of Arizona e Harold Aspden, falecido em 2011, mostram representar os registros fósseis ou ciclos em que uma grande e geral mutação genética acontece na Terra. Aparentemente, segundo esses legados tão antigos, estamos sendo testemunhas de um fim de ciclo e recomeço de outro.

A evolução tem um tempo de predisposição para uma transformação, mas a mutação é instantânea. Isso acontece quando o sistema solar atinge uma carga de energia de alta frequência vinda de outros pontos da galáxia. O que se pensa, e o que as previsões dos antigos apontam, é que estamos entrando em outro ponto crucial desse ciclo, o que significa que algo poderá catalisar mais uma grande mutação, sobretudo devido às novas radiações cósmicas, as quais têm influência no comportamento do sol e no DNA de todos os organismos do sistema solar, incluindo os seres humanos.

   O cientista alemão Dieter Broers afirma que alterações no campo magnético da Terra provocadas pelas tempestades solares, irão alterar a percepção do tempo e da realidade. Dependendo da preparação de cada um, esse fenômeno irá produzir alterações de consciência, visto que quando o cérebro é exposto a campos eletromagnéticos de certa intensidade, indubitavelmente sofre alterações. Para Broers, que há trinta anos investiga este campo da ciência, o efeito das perturbações geomagnéticas criadas pelas tempestades solares é similar aos efeitos de alucinógenos, os quais levam o cérebro a produzir substâncias que distorcem a noção de realidade e tempo. Dieter Broers afirma que o fator dominante que diferencia a experiência negativa da positiva é o medo. O cientista aconselha a meditar, pois esse exercício predispõe a mente a ir além do vulgar e do comum para assim melhor poder assimilar, entender e sobreviver à “grande mudança”.

Todos os planetas do sistema solar estão sofrendo grandes mudanças. Além do que é atribuído à poluição a Terra também. Segundo a NASA, os dois cinturões de radiação, Van Allen, aumentaram tanto que um terceiro cinturão apareceu. O mais inesperado e atemorizante é que os cinturões Van Allen consistem de prótons e o novo cinturão compõe-se de partículas de oxigênio, neônio e nitrogênio. Neônio é um elemento químico, Ne, cujos átomos são 10/10 prótons e elétrons, o qual se encontra na atmosfera em pequenas quantidades, porém muito abundante no universo. Por isso se diz que o universo é roxo. No fim dos anos 90, no lugar onde os buracos de ozônio tinham sido encontrados, foi detectado mais do que 5,000 por cento de ozônio na camada média da atmosfera, apesar da poluição. Fenômeno para o qual os cientistas não encontram explicação. Também foi encontrado muito mais hidroxílico do que a percentagem convencional. Na parte superior da atmosfera foi encontrada uma grande quantidade de energia, para a qual a NASA também não tem explicação, assim como não entende a razão porque as nuvens que migram da Antártida são muito mais brilhantes do que alguns anos atrás. A trezentos metros de profundidade, desde 1940, os mares estão aquecendo, fenômeno que antes era inaceitável, visto os raios do sol não chegarem a tais abismos. Anomalias no campo magnético sugerem que alterações no polo magnético estão acontecendo há algum tempo.

O explorador, sociólogo e escritor Graham Hancock afirma que “a vida é mantida pelo progresso e movimento do tempo”. Porém, o que muitos não sabem é que, como digo acima, o tempo flutua segundo os abismos galácticos por onde o sistema solar se desloca. Nada é estático e todo o movimento é como um caminho que percorre florestas, desertos de areia ou gelo, mares, cidades, etc. O mesmo acontece com o sistema solar na sua rota através da Via Láctea. Atualmente, esta viagem cósmica nos conduz à chamada Hélice de Órion, enquanto nos banhamos na energia das Plêiades (Sete estrelas). “Procurai o que faz o Sete-estrelo e o Órion e torna a sombra da noite em manhã, e faz escurecer o dia como a noite, que chama as águas do mar, e as derrama sobre a terra.” Amos 5:8. Será esta passagem bíblica uma demonstração do conhecimento antigo, prevendo mudanças no eixo e no magnetismo da Terra, já que os profetas quase sempre eram astrónomos?

    Nessa nova matriz a energia é diferente e os fenômenos a encontrar ainda desconhecidos. Tal como astros e espaços, o ser humano, a própria fauna, flora e tudo o que é parte deste planeta, também encontrarão fenômenos e maravilhas que servirão de agentes à transformação da nossa raça e de tudo o que existe. A nova raça, a sexta raça, é a promessa deixada aos tibetanos por seus antigos Mestres. Segundo os gregos seria a quarta raça humana, pois a terceira (nós) chama-se Dionísio Zagreus, assim como na Bíblia – a segunda seria depois de Noé e a terceira depois de Abraão – quando os homens passaram a viver menos anos e deixaram de se encontrar com os Nefilim, “os vindos do céu” ou anjos. Talvez nesses lugares para os quais a Terra transita, fazendo milhões de quilômetros a cada dia, as energias sejam mais adequadas ao tão procurado encontro com outros seres inteligentes, sejam eles os pais da Humanidade, outras formas de vida ou seres multidimensionais. Uma coisa é certa, esse encontro está cada vez mais próximo. Essa é a grande revelação do calendário Maia. Seria o arquiteto do monólito da Geórgia um arauto dos deuses?

 A Grande mensagem nas Guidestones reafirma que a Humanidade não será extinta. Todavia, se houver um cataclismo e poucos sobreviverem, as direções ou mandamentos registrados nesse monumento serão um guia para que a nova Humanidade não venha a sofrer tanto quanto esta, sugerindo uma nova conduta para a população remanescente. Não há nenhuma razão para que haja fome, miséria e ignorância em um planeta tão rico como este. Se quisermos um mundo melhor, aí estão as leis, que não são apenas terrenas, mas universais. São recomendações justas, impregnadas de bom senso e amor, pois são conselhos para que a História não se repita e para que o ser humano seja mais feliz e compartilhe da plenitude e abundância após a regeneração da consciência no seu caminho evolutivo.

As Guidestones não representam uma ameaça, mas um aviso. A população mundial não pode aumentar desmesuradamente. O objetivo do que aí está escrito não é diminuir a população, mas um método de vida para esses que se salvarem de algum desastre natural, peste ou guerra hedionda. Jared Diamond no livro Colapso nos conta como a população da ilha de Páscoa e muitas outras civilizações e culturas desapareceram. Quanto maior for a população, se esta não for consciente, ao vilipendiar as riquezas naturais, como rios e florestas, tudo na terra sofre as consequências, além de aumentar as probabilidades de pragas devastadoras. Excedendo os limites da sustentabilidade do meio que nos mantém, inevitavelmente haverá uma contra reação da própria natureza. É por tudo isso que muitos místicos dizem que vivemos uma ilusão, que somos o sonho de alguém e que temos de acordar. Chegou a hora.

    Explodir, destruir ou pintar as Guidestones não fará a ameaça deixar de existir, pois não nos estão intimidando nem ameaçando com malefícios. Essas pedras são uma previsão e um aviso do que poderá acontecer se continuarmos nesta ilusória dormência sem consciência da nossa grandeza e também fragilidade, pois somos parte de um Todo que depende de outro Todo e assim sucessivamente, o que difere essa totalidade é o nível de consciência. Repito, a mensagem nas Guidestones da Georgia, representa o conhecimento de alguns sobre os acontecimentos que nos precipitam para algo que inevitavelmente está para acontecer com o planeta Terra. Se assim for, esse monumento apresenta providências a tomar para que outra civilização não venha a sucumbir ou a sofrer tanto quanto a nossa, pois o sofrimento que assola mundo é inadmissível. Acima de tudo, a mensagem das Georgia Guidestones anuncia outros horizontes e a possibilidade de outra forma de existência muito mais desenvolvida, feliz e realizada do que a nossa.

 

 

    O novo Homo nascerá das cinzas daquilo que somos, Homo sapiens, como a fênix. Temos todo o potencial necessário para nos desenvolver e transformar em outra raça. As ondas cósmicas, nas quais o sistema solar surfa, nos encaminham ao local adequado para a transformação, a qual será espontânea. Para sobreviver teremos de ter uma predisposição inteiramente livre de medo. Sem ilusões. Sem conceitos obsoletos e absurdos. Com a mente aberta. O que está acontecendo não é destino, mas o ciclo inevitável do movimento dos astros dos quais, quer queiramos aceitar ou não, somos passageiros. Por isso, alguém aqui da Terra ou de outro lugar, nos avisa, assim como há milênios a mão da deusa Shiva nos indica – “Não tenham medo”. Os que sobreviverem já têm as regras gravadas em mármore num dos lugares que aparentemente irá sobreviver a algum cataclismo. Quem sabe outra civilização do passado, ou outros seres extraterrestres ou intraterrestres também nos tenham avisado, usando uma cápsula do tempo que ainda não foi descoberta. Pergunto-me se não estará enterrada sob Stonehenge no sul de Inglaterra; Carnac no norte da França; Inukshuk no Canadá; pirâmides; sob as patas da esfinge no Egito ou tantos outros lugares misteriosos deste planeta. Porém, a realidade é que temos cápsulas do tempo por todo o lado, nas ruínas de incríveis edifícios, que ainda hoje, com toda a tecnologia, não podemos copiar. Também, nos museus, como os tabletes da Suméria, mas as forças ocultas que se dizem proteger-nos, na realidade não permitem que saibamos a Verdade, seja a que preço for. A força necessária para nos despertar só poderá vir da própria natureza. Disso não tenho dúvida nenhuma e esse dia urge. Talvez R. C. Christian tenha sido o mensageiro dos deuses, os quais os Maias tão ansiosamente esperam o retorno à imagem da promessa registrada pelos gregos. Não tenhamos medo de mudanças, chegou a hora de terminar com tanta miséria material, intelectual e espiritual neste planeta azul e triste.

 

Rosa DeSouza

Escritora e palestrante

            Fotos de Maria da Conceição Pontes

Do meu reino, o único lugar
onde podes entrar
são estas fotos.
Elas são
o que há muito era logo
e hoje é antes.
Lembrança pungente
de coisas pouco importantes,
gravadas para sempre.

A nespereira cresceu,
os cães são outra geração.
A trepadeira morreu.
Não é o mesmo telhado,
o muro substituiu a armação,
e a idade…
fez em mim muito estrago.

A foto que te mando
é onde vivo, o lugar.
Porém, não fiques esperando
a exuberância do meu olhar.

As janelas da minha casa
ainda têm flores e cortinas,
mas já sem o sonho que casa
amor, juventude e roupas finas.

Adeus meu nunca amor,
que tanto poderia ser.
A lareira ainda emana calor,
enquanto olho o entardecer.

 
 

Já não existe esquerda nem direita

No teatro corrupto da perseguição

Ejaculam palavras sem ideal ou noção

Manchetes postiças de seita nunca eleita.

 

No estéril caminho da mentira apodrecida

Enganam misérias anuladas de pensar

Que sem sonhos, sem estrelas, sem ousar…

Recuam no tempo da vida entorpecida.

 

Nesta terra fúnebre quem será vencedor?

Quem lhes poderá dizer que há uma finalidade?

Que o herói é o Amor e a espada a Liberdade…

 

Somos jogados entre a NOM e a China…

O caos da estúpida e arrogante ignorância,

não vê a Verdade atrás da discrepância.