Contextualiza as dificuldades históricas que o sexo feminino tem enfrentado em diferentes instâncias ao longo do tempo. A condição em que a mulher se encontra, depende da sua aceitação e submissão às regras de um jogo que pensa ser desígnios ou castigos divinos, assim como destino.
Por milênios fomos ensinados a sentir culpa do que somos, como o absurdo de já termos nascido com pecado e com uma índole perversa. Há pelo menos 4.000 mil anos que a mulher se olha como um ser inferior e tem sido dentro desses parâmetros que ensina seus filhos e filhas. Sabendo nós o portentoso poder da mente, torna-se fácil compreender as terríveis consequências que tal absurdo provocou na psique humana ao logo de milênios. O maior mal da Humanidade não é a poluição, mas o desequilíbrio e a ambição que geram essa falta de consciência. Qual é o maior desequilíbrio que se conhece dentro desse sistema a que chamamos planeta Terra? Da mulher em relação ao homem e do homem – no desequilíbrio da anima.
Poderemos modificar o curso da História? Não é questão de poder ou não. Temos essa obrigação – se não evoluirmos desapareceremos.
Um dia reuni-me com pessoas bem conscientes. Tinha um ator, um engenheiro, um microbiologista, uma escritora, uma dentista, uma psicóloga e uma professora de sociologia. A minha pergunta foi: O QUE É PARA VOCÊS RESPONSABILIDADE SOCIAL?
O resumo de tudo o que foi dito: “Se não formos primeiro responsáveis conosco mesmos não o poderemos ser com os outros, nem tampouco liderá-los.”
O que é necessário para um líder de responsabilidade social?
Que ele seja – o que exige dos outros.
Mas poderemos nós exigir dos outros essa responsabilidade?
Responsabilidade social também são intenções que se expandem além do nosso umbigo e do nosso tempo. Teremos de analisar os conceitos pré-estabelecidos e assumir a postura da transparência em relação ao futuro.
Por séculos os medos humanos têm sido representados nas histórias infantis pelos dragões. São os medos que colocam todos os limites nas nossas vidas e possibilidades, inclusive o medo de aprender, o que leva à ignorância e esta leva à criação de mais medos. A força do mal é medo. A força que não nos deixa evoluir mais rapidamente é o medo. O ódio e a violência têm por raiz o medo. O medo é o maior inimigo do ser humano, porque é ele que o impede de progredir.
Para atingir nossos objetivos não podemos ter medo. Algumas pessoas têm uma má relação com a casa onde vivem. Modifiquem, mudem, vendam, mas procurem ser felizes. Não tenha medo de dar passos no desconhecido. Não nascemos para sofrer, mas para crescer. Porém, eventos que nos fazem sofrer por medo acontecem em praticamente todas as áreas de nossas vidas. Algumas pessoas nunca saem desse nível e por isso nunca alcançam o outro patamar, o da autoconfiança. Medo é o oposto do amor. Quer ser amado? Pare de ter medo.
O medo é o freio da felicidade, da alegria de viver e do crescimento humano. Para deixarmos de ter medo e conseguirmos tudo o que queremos, temos de nos transformar nos príncipes que matam os dragões que impedem a entrada nos castelos das princesas adormecidas, que são a representação da nossa Força Interior, e da grande possibilidade que temos de evoluir e sermos felizes. O medo impede-nos de usar os dons inatos.
No nosso íntimo, encontra-se um campo de possibilidades ilimitadas. Quando estamos preparados para acessar esse lugar maravilhoso, descobrimos que existe uma nova forma de experiência humana onde tudo é possível. Limites simplesmente não existem – dentro de tudo aquilo que podemos sonhar. Contudo, para melhor acessar esse lugar no mais íntimo do nosso ser, temos de limpar a nossa casa. Um dos cantos mais sujos é o canto do passado.
O que é uma casa assombrada? Segundo dizem, é aquela onde os espíritos dos que ali viveram continuam habitando, não porque estejam agarrados à vida, mas ao passado. O pior é que todos nós vivemos constantemente no passado; mas o passado já passou, é impossível modificá-lo. Por outro lado, o passado torna-se o fantasma do presente e do futuro, se continuar habitando a mente, assombrando todos os atos da nossa vida.
O passado é um conjunto de fantasmas, a maior parte revestidos de ressentimentos tão fortes que nos cegam, não nos dando a possibilidade de perdoar e esquecer. Esse ressentimento não nos deixa ver que o perdão não liberta o perdoado, mas quem perdoa. Perdoar é um momento íntimo e alquímico, porque nos transforma e liberta. Enquanto não esquecermos o passado não podemos perdoar, e esse fantasma continua sempre lá, repetindo incessantemente os momentos dolorosos que, na realidade, já há muito se desvaneceram nas brumas do tempo, mas que continuam nos assombrando com hologramas de realidades que não existem.
Em todos os momentos de nossas vidas é preciso ter muito claro a diferença entre destino e sorte. O destino só existe em coisas impossíveis de mudar, como a estrutura básica do nosso corpo, o movimento dos astros ou a sucessão das estações do ano. Sorte, o que muitos confundem com destino por crerem que sorte são acontecimentos predeterminados, é na realidade uma sucessão de acontecimentos que qualquer um de nós pode modificar, porque todos somos lavradores da nossa vida: o que semeamos é o que colhemos e aquilo a que chamamos sorte depende da maneira como pensamos, dirigimos a nossa vida e das escolhas que fazemos. Precisamos saber o que devemos semear, ter objetivos e acreditar nos resultados.
Para criar objetivos, rumos ou metas, as razões terão de ser válidas, e justificáveis, isto porque nossos objetivos embora devam ser criados debaixo do reconhecimento das nossas enormes capacidades, também terão de ser realistas e inteligentes, nos permitindo antever até que ponto esses objetivos nos podem estimular para atuar em sua função. É preciso entender a grande diferença entre objetivos e ilusões ou a realização do último objetivo e a realização contínua. O conceito de uma realização final, ou a ideia de que a única realização é atingir o objetivo, é uma concepção linear da existência que induz a não procurar realizações no caminho do alvo. Nenhuma experiência é final, porque o objetivo da vida é compreender que cada instante é um ponto de partida.
Saber o poder da mente de nada nos serve, se não soubermos como tratá-la, entendê-la e dominá-la. Como poderemos cuidar da única função humana que nos transforma em seres criadores? A única coisa que em nós tem a possibilidade de ser eterna? É por a mente ter tanto poder que ela mesma nos conduz ao esquecimento de que a podemos usar se a soubermos controlar.
Como poderemos nós penetrar na existência, se a única perfuradora está enferrujada e nem a sabemos manejar? Vivemos como se a mente fosse mais um apêndice e resvalamos sobre o tempo, inibindo-nos de usar o nosso grande poder. Saber que esse poder existe é uma coisa, mas saber usá-lo é outra.
A mente, pode levar-nos à loucura, como o cavalo pode levar-nos ao precipício. Temos de saber administrá-la e controlá-la. A mente tanto pode ser o nosso pior inimigo, como o maior aliado. Tudo depende de como a tratamos. Como um cavalo de raça, ela precisa ser treinada, controlada e amada. A única forma de usar o nosso poder interior de uma maneira eficaz tem de começar por um método de controle da mente. É disso que iremos falar.
A força estrondosa e invisível do nosso Poder Interior se manifesta de uma forma transcendente quando dela temos consciência. Muitos usam-na através do que chamam fé, mas aí, devido a pensarem que essa força lhes é externa, a sujeitam a regras, limitações, dogmas e interpretações, sem entenderem o verdadeiro mecanismo do seu poder. Esse poder depende de como a mente é usada e interpretada.
Tudo o que fazemos, desejamos e construímos deve ter uma finalidade que nos transcenda. Esse desejo pode ir além da vontade de ajudar os outros, para se tornar num objetivo humano, ou seja, na responsabilidade de ajudar na transformação que leva a um mundo melhor e a uma Humanidade com menos sofrimento. Isto mostra que o nosso pensamento pode ser o gerador de coisas infinitamente horríveis ou infinitamente grandiosas. O seu treino, quando baseado na portentosa Força Interior, vai desde as coisas mais pequenas até àquelas que só aparentemente parecem estar fora do nosso alcance.
Nossos desejos devem estar impregnados de uma vontade transcendente. Isso nos dá muito mais poder, porque dessa forma adquirem uma força vibratória que reverbera de nós para tudo e de tudo para nós. Tente modificar a sua vida, acreditando que você é parte do poder universal, desenvolvendo o poder da autoconfiança e criando pensamentos justos e grandiosos.
Temos de ter consciência do nosso potencial e do que somos em relação ao Universo.
Queremos caminhar na vida como a lagarta ou como a águia? Uma das rotas para essa outra dimensão é saber usar os sonhos.
Está provado cientificamente que através de autocondicionamento (plano antecipado) podemos determinar o que iremos sonhar. Temos de aprender a facilitar a comunicação entre o consciente e o inconsciente, de forma que nos permita interagir ou comunicar com o Eu Superior durante os sonhos. É muito fácil controlar o subconsciente e levá-lo a focar numa questão ou pergunta durante as diferentes etapas do sono, permitindo que este e o consciente se relacionem durante o sonho. Muitos sonhos se tornaram históricos. Os religiosos chamavam isso de revelações. Porém, não passaram de momentos onde o produto de um grande desejo ou uma grande vontade, levou o sonhador a obter a resposta aquilo que mais o preocupava. Thomas A. Edison, Otto Loewi, William Blake ou o Maestro João Carlos Martins não foram os únicos. René Descartes, Gandhi, Voltaire, Carl G. Jung. A Bíblia está repleta de exemplos do poder dos sonhos. Esse simples método, o qual ensina uma forma de dormir consciente irá substituir a maneira inconsciente como temos dormido. Deixaremos de apenas sonhar para pôr o subconsciente ao nosso serviço, porque os sonhos podem ser fonte do mais profundo conhecimento, orientação e proteção na nossa vida diária.
Nas sociedades a que chamamos primitivas, há cerimônias de iniciação, ou seja, de introdução ao conhecimento da tribo, o que fazem através de diálogos, exemplos, conselhos, práticas e ensinamentos. Isso tem o fim de ajudar o jovem a ser um adulto íntegro. Na nossa sociedade somos educados pela família, principalmente pais, professores e livros. A grande responsabilidade da sociedade é ajudar as crianças a que deixem florescer tudo o que têm de melhor e a descobrir os seus dons, para que seu futuro seja muito melhor do que o nosso presente.
Segundo duas entrevistas da Globo numa Bienal, os adolescentes continuam a ser ensinados como o eram nossos avós. Essa não é a forma ideal para criar novos líderes nem um povo repleto de esperanças e criatividade.
Constatando a promiscuidade que assola a nossa juventude, principalmente urbana, e sem usar nenhuma bola de cristal, podemos antever um futuro, cheio de sofrimento e doenças físicas e mentais. Muitas garotas de hoje não são mais sensuais, mas mais promíscuas, embora pensem o contrário. Quando a mulher não é seletiva, o homem não se sente na necessidade de competir. Essa competição que o levaria a procurar ser melhor, tanto nos estudos, como na sua apresentação, maneiras, personalidade etc. deixa de ser necessária. É muito importante ser seletivo porque isso é parte do processo de evolução, sem seleção seriamos inferiores aos animais. Por outro lado, é preciso entender que nos dias de hoje, a seleção entre seres humanos não deve ser baseada na cor da pele, mas no nível de consciência. Se a mulher se torna um ser sem dignidade ou autoestima, sem qualquer apreço pelo que é e representa na sociedade, que tipo de companheiro irá escolher ou que educação ou princípios irá transmitir às gerações seguintes?
O amor é a força motriz da Humanidade. Se alguém lhe pedir pão poderá você dar se não o tiver? Para amar os outros temos em primeiro lugar de amar a nós mesmos. Temos de possuir para poder dar.
Declaremos a nossa independência com a finalidade de desenvolver a autoestima, o autoconhecimento e a autoconfiança, o que nos levará à realização pessoal, único meio para que nos sintamos plenos. Como nenhum direito vem sem deveres, nada poderemos atingir sem autodisciplina. Disciplina cria energia, porque nos torna mais dinâmicos e eficientes. Para nos tornarmos independentes temos em primeiro lugar de amar a nós mesmos e assim poder amar os outros e ter a autoestima necessária para que também sejamos amados. Precisamos de autoconhecimento, porque sabendo quem somos, melhor poderemos fazer as nossas escolhas, seja de objetivos, de companheiros, de emprego ou outras mais profundas como caminhos espirituais. Precisamos de autoconfiança para caminharmos com a firmeza e a força necessárias para construir uma vida útil para nós mesmos e para os outros, o que dá outro sentido à existência.
Quem disser que o amor por nós próprios é egoísmo ou uma atitude de mau tom, está entrando no absurdo secular de ir contra a sua própria felicidade e contra os mais básicos princípios que nos tornam humanos. Contra toda a noção de dignidade e contra a razão da nossa existência. Temos de evitar que a nossa própria vida seja controlada por outros, seja família, amigos, vizinhos, conhecidos ou instituições. Não somos vítimas, nem precisamos ser dominados na nossa liberdade de ação e de pensamento. Tudo isso é antinatural pois nega o livre arbítrio.
Fomos ensinados a sentir-nos como vítimas, a agir como vítimas e a educar os filhos como vítimas. Por isso mendigamos perdões, acreditamos que os deuses gostam de dinheiro e trocamos absolvições por moedas, sendo seduzidos pela riqueza dos que pensamos estarem mais perto do céu do que nós, enquanto seguimos conceitos, doutrinas, preconceitos e julgamentos que nos cortam as asas para deixarmos de voar como a águia, ciscando o chão como a galinha.
Será que os grandes pintores da História, os grandes arquitetos, escultores, escritores, músicos, filósofos, cientistas, atletas, não eram feitos da mesma matéria que você? A matéria de que eles eram feitos é a mesma que constitui os nossos corpos, genes, ossos e mentes. Todos somos a águia que pode tão livremente voar. Então por que continuamos mendigando e apanhando as migalhas que caem da mesa dos outros?
Ser vítima não passa de um hábito. É um hábito que assimilamos lentamente desde a infância. Como ser humano você é um ser cósmico, como indivíduo você tem o poder do cosmos, como ser espiritual – porque em você reside o espírito divino – pode descobrir que dentro de tudo o que pode sonhar ou desejar não tem limites. O seu intelecto é o caminho para o espírito e se souber dirigi-lo é aí que encontra o tesouro do seu arco íris. Não mendigue os néctares que são seus.
A palavra espiritualidade tem sido tão abstrata que poucos compreendem o que realmente significa. Muitos pensam que ser uma pessoa espiritual é rodear-se de cristais, ler taro, queimar incenso ou repetir orações tentando mudar o rumo daquilo a que chamam destino. Outros pensam em espíritos que vagueiam nesta dimensão e outros ainda a confundem com momentos intrinsecamente pessoais, que levam à descoberta ou abertura de fenômenos interiores, enquanto meditam, oram ou contemplam. Porém, espiritualidade é uma responsabilidade que nos transcende. É uma atitude íntima que nos permite adquirir uma forma consciente de viver e que nada tem a ver com religião. Responsabilidade espiritual é a responsabilidade de cada um por si e pela Humanidade. O desenvolvimento de neurônios através do amor, da meditação, do pensamento livre ou do espírito de serviço é o que leva a ver auras, perceber quando outros mentem ou não são sinceros, etc. Fenômenos não são espiritualidade, mas o que os causa.
Quando nos sentimos seres responsáveis de uma forma expansiva, deixamos de acreditar no destino. Se não formos seres responsáveis pela nossa própria vida, como o poderemos ser pela família ou pela Humanidade? No dia em que maior número de seres humanos usarem a Força Interior de uma forma expansiva, que os leve muito além de si mesmos, a Humanidade tomará outro rumo e passa a ser uma Humanidade espiritualizada.
Ser espiritual é um compromisso individual que abrange a sociedade, nos levando a tomar decisões que nos transcendam. Temos de ter consciência de que todas as nossas decisões afetam o mundo.
Na medida em que melhor nos conhecemos e a autoestima se desenvolve, a nossa individualidade torna-se cada vez mais clara. A individualidade é o DNA da alma, mas que muitos atrofiam, porque não lhe permitem que se manifeste por razões culturais, sociais e outras. A procura de nós mesmos, é uma luta que leva à autodescoberta, a qual vem da necessidade em descobrirmos a nossa individualidade. É aí que somos reais, espontâneos, criativos e autênticos. Para isso precisamos dominar a mente e retirá-la das águas em redemoinho do consciente coletivo. A individualidade a que me refiro, no seu conceito mais nobre é egoência, uma nova palavra que entre outras coisas significa autossuficiência.
Diferença entre individualidade – a nossa identidade real e a personalidade – a qual é o resultado da cultura, da religião, de conceitos tradicionais, da sociedade em que nos movimentamos, das exigências de uma geração específica ou da moda. O ego negativo alimenta-se das exigências da personalidade – “o rei da festa”, “o mais popular”, “o que só ouve a sua própria voz”. O Ego Positivo é o que nos faz ter brio, nobreza de carácter, vontade indomável, responsabilidade intrínseca e jamais nos permite ser domados como carneiros. Por isso temos sido enganados quando nos dizem que o demônio se transforma em ego para nos tentar.
Eleve a sua vibração e fique em sintonia com o Universo.
Quando o pensamento se modifica a vibração e o magnetismo mudam o que leva o DNA a se transformar. O Pensamento com vibração negativa provoca doenças, mentais e físicas. A ciência prova que o DNA se transforma segundo a nossa vibração.
Se tudo no Universo é tão perfeito, como pode a mente humana ser tão imperfeita?
Se somos luz como podemos ser cegos à nossa própria luz? Quem nos cega?
Tanta perfeição para tão pouco… O Universo e a Terra existem apenas para alojar inimigos da própria vida?
Seremos escravos dos senhores do mundo.
Palestra que se inicia respondendo a perguntas.